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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Cale-se, cale-se, cale-se

Ai, coração
Fui eu que te apertei dessa vez
Pra que você fique quieto, calado
Que eu já tapei meus olhos
Pra que eles não digam que viram
O que não viram
Que na virada da casa dela
Na dela
Ele estava
Que quando ela se virava
Ele sorria
E quando ela vinha
Ele ia
Ao encontro dela
E que eu olhava
E ele nem me via
Que minha presença ele nem mais notava.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

É só saudade

Como reverter?
Como voltar a ser quem eu era?
Como voltar?
Quem me seguirá?
Quem me espera?
Quero trazer o passado de volta pro futuro.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Oração

Uma pessoa, quando nasce com uma sina, não tem pra onde fugir.
E eu que nasci pra ser louca, apaixonada, cega, cá estou pra me entregar:
Me pegue vendaval, tufão, me abrace e me leve. Aqui estou, apenas afim de viver.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Para acordar

Abriu os olhos:
- Olha, Ca, eu estou indo embora.
Ela o olhou, como ele pediu, por mais ou menos meia hora. Ele esperou, mas ela não sabia o que dizer. Ele pegou as coisas que já tinha arrumado e partiu.
Ela ficou na cama, e acabou dormindo.
Quando acordou apenas mandou uma mensagem "Boa viagem".
Antes que ele dissesse, antes de qualquer coisa, ela já sabia.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O mundo é bolha de sabão?

vai, menina
vai sem medo
todo mundo vai
vai e aproveita
você vai olhar
vai e aproveita
vai, menina
vai
porque todo mundo vai
todo mundo pode
você também vai
experimentar
eu também vou
então eu vou
mas fica do meu lado
todo mundo vai
pode entrar
o que você vê?
todo mundo
todo mundo vai
tá tudo bem
tá todo mundo
menina no mundo

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A máquina quebrou e não sei se há reparo.
Se alguém conhecer quem conserte máquinas que costuram palavras, me avise!
A minha soltou uma peça, e está louca, eu passo a linha, mas ela só me manda palavras soltas.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Quem olhava vias as aves voarem livres.
O azul do céu entrava nos olhos dos homens-livres. O ar estava perfumado pelo suor que emanava de seus corpos. Tinha cheiro de vida, Tinha cheiro de verde.
Mas anoiteceu, e veio a água do céu, e veio o mar da terra, que sufocava aquela gente, que queria levar embora a alegria. Que levou.
O dia passou quieto, não se ouvia passo de gente, não se ouvia ruido de bicho, nem nada se via.
Mas na outra manhã o povo se levantou cedo, e pegaram suas sementes, e plantaram-nas novamente naquele chão.
E pela tarde brotou a esperança.

domingo, 18 de outubro de 2009

Ando mais para dentro do que pra fora.

sábado, 5 de setembro de 2009

Ele não está tão a fim de você

Encontrei um trecho desse filme no blog da Helen (http://pobreloucapoeta.blogspot.com/), o qual me fez divagar um pouco. O filme propõe que você preste mais atenção nos sinais, que entenda quando uma pessoa está ou não tão a fim de você. Lembro que quando terminei de vê-lo, pensei 'Existem pessoas e Pessoas', e não dei mais muita atenção ao que tinha visto. Mas quando vi o blog, não consegui deixar que passasse desapercebido...
É muito engraçado, porque cada pessoa reage de uma forma para alguma coisa, e nós sempre queremos ler os sinais. Mas acho que esta não é a melhor forma de entender a relação e a outra pessoa. Sinais estão sujeitos a interpretação de cada um, né?!
Não é porque o cara reage de tal forma que ele está ou não tão a fim de você, as pessoas são diferentes e reagem de formas diferentes. Existem caras que são tímidos e você pode entender que ele te passou um sinal de que não gostou da noite, ou algo do tipo...
Esqueçamos as regras, os sinais, os filmes, o que passou... Cada um tem um universo diferente do outro e precisamos estar abertos e sensíveis para enterdermos a outra pessoa, para deixarmos que ela nos entenda e nos acompanhe vida a fora.






Trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=GdodGHGXAh8

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Agradecimento


Vou juntar flores e frutos
E ofertar
Aos deuses
Ao vento
Em agradecimento
Pela graça alcançada
Por esse momento
A quem devo fazer juramento?
Promessa...
Quem foi que me ajudou?
Tinha feito simpatia
Como fez a Maria
Que nada ganhou
Então, é por merecimento?
Ou talvez seja só sorte
Ou cada coisa no seu tempo
Mas se alguém olha por mim
Estou grata
E fim.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Criação

Preciso de papael, régua, caneta
Argila, tesoura e camiseta
Um palco, uma tela e um violão
Martelo, tecido e imaginação
A letra pinta
O que era vazio
A linha tece
O som passa pelo funil
Lixa, prega, corta
Ajusta, rabisca, desentorta
Eis então, uma poesia.

terça-feira, 14 de julho de 2009

E quando a tarde cai
quem ampara?

quinta-feira, 4 de junho de 2009


Daqui de cima
Vejo tudo pequenininho
Fico mais perto do sol
Eu quase toco o céu
Da minha boca saem cantos de pássaros
E meu amigo vento
Balança as pipas enroscadas nos fios das casas
Fecho os olhos
Abro os braços
E sinto a liberdade
Respiro vontade
Nua,
Me preparo para mais um voo.

domingo, 12 de abril de 2009

118

Entrada pela sala. Vê-se a janela aberta, sofá a direita, desses que você senta e afunda. à esquerda uma estante com fotos, alguns filmes, e CDs..Tapete pra quem quiser ficar pelo chão. Meio muro com a cozinha. Um vaso de flor, vestígio de refeição: um prato sobre a pia. Muita besteireira no armário.
Um banheiro que dá vontade de passar o dia inteiro nele. Quarto aconchegante, cama grande, que ganha do banheiro na vontade de passar o dia todo dentro. Uns penduricalhos, mesinha, alguns textos, cadernos e uma luminária.
Uma lavanderia, e uma área, uma rede.

Delícia.

terça-feira, 24 de março de 2009

Sobre o que gosto tanto

Se são vidas passadas
Ou futuras
Mitos
Se são mensagens subliminares
Ou Fatos que ficam no nosso insconsciente
Fantasias
Se tem algum sentido
Ou não
Sonhos

Gosto de contá-los
Gosto que me contem.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Carta.

Olá!
Aí deve ser tão mais calmo, talvez seja melhor ficar por aí mesmo, sabe...pelo menos por enquanto.
Aqui é um pouco confuso, e até as pessoas grandes sentem medo. A maioria delas fala que não gostaria de ter nascido, ou que gostaria de ter nascido em outro lugar, ou de outro jeito.
Poucas se sentem felizes de verdade.
Eu estou te assustando?
Me desculpe...mas é que aqui não é um dos melhores lugares para se viver.
Muita gente egoísta, sabe...
Talvez em outra época seja melhor de se nascer.
O que você acha? Quer vir mesmo?
Bem, então, peça ao menos para vir numa família que esteja te desejando muito.
E que durante sua vida, você conheça pessoas que te doem sorrisos, para que seus dias sejam menos duros.
Se resolver vir, me escreva, e eu tentarei te encontrar.
Só peço que pense bem.

Um abraço forte.

Meire Ramos.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Pareciam bolhas
Eram tantas as bolas
De algodão
De sabão
Isopor
Eram de montes
Branquinhas
Parecia neve
Parecia sonho

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Libertação.


Sai do casulo
Ainda quietinha
Só esperando o momento certo de voar
Aprecia isso tudo que ainda não conhecia
De lá, consegue ver a imensidão do universo
Está encantada
E fica pensando de como pôde passar tanto tempo presa
Tanto tempo sem ver
Sem sentir o vento
E as flores
E todos os cheiros e gostos
Sem deixar que a vissem
Como pôde ter tanto medo desse mundo
Como pôde perder tanto tempo de sua vida
E essa sensação vai tomando conta do seu ser
Vai num crescente
De tal forma que
Ela já não se importa mais com seu casulo
Ela quer voar
Quer se entregar à isso
Quer ser levada pelo vento
Conhecer todos os cantos
Repousar em milhares de galhos
Um a cada noite
E só de luz se enche seu corpo
E sua vontade é de dividi-la com todos que a cercam
Ela está pronta.

sábado, 27 de setembro de 2008

Sujo

Doía
Porque tinha sujeira do nariz no ouvido
Sujeira no nariz
E no ouvido
Só sujeira
Em tudo
Um corpo podre
Que fede
E quando morre vira carniça
A gente fede a carniça
Tem que tomar banho
Tem chulé
Tem bafo
A gente fede
A gente não é nada
Além de um corpo podre.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Desligamento

Faltava pouco tempo pra eu ir embora de uma vez. Todo mundo com roupa adequada para a ocasião, eu não estava gostando muito da minha, achava que não tinha nada a ver comigo. Mas minha mãe havia me falado que, nessas horas, eu não tinha que escolher mais nada.
Estávamos esperando meus primos e minha tia, só então eu colocaria os sapatos.
Minha irmã já estava agoniada, achando que já estava passando da hora.
Mas eu ainda não estava sentindo nada de diferente, nada tinha acontecido, e parece que teria um sinal, para eu saber que já era hora.
Meu pai não estava conosco, naquele dia ele não saiu do quarto, pelos seus motivos, ele se recusava a participar dessa cena.
Estávamos na sala, conversando e vendo se estava tudo certo, ninguém queria fazer nada de errado.
De tempo em tempo, minha mãe vinha medir minha temperatura.
Eu e minhas irmãs conversávamos pela ultima vez, iríamos nos separar, mas nem estávamos nos atentando para isso. Essa era a hora certa, era como deveria ser.
Como é com todo mundo.
E então, eu senti algo de diferente, minha língua começava a adormecer, era uma sensação estranha, mas ao mesmo tempo, como se aquilo já fizesse parte de mim.
No mesmo instante, falei para a minha mãe o que estava sentindo. Todos se voltaram para mim, e nesse momento escorreu uma lágrima do seu rosto, e ela a limpou com o braço, e numa enorme exclamação, soltou a frase: Já era tempo!